Desenvolvimento, Sociedade e o Meio Ambiente




Em um novo encontro com a turma do CC - Ciências Sociais e Meio Ambiente, fizemos um estudo dirigido coletivo, onde praticamos uma leitura progressiva, a partir de fichamentos do livro: Ciências Sociais, Complexidade e Meio Ambiente: Interfaces e Desafios. Livro por Elisabete Matallo Marchesini de Padua e Heitor Matallo Júnior.

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Capa do Livro
Este livro traz uma coletânea de textos que fazem um debate quanto as questões socioambientais, corroborando com todos os temas que já havíamos discutido em sala e ampliando nossos conhecimentos sobre o tema.
Afim de promover a leitura coletiva deste livro, optamos por dividir os capítulos por aluno.  Deste modo, fiquei com a responsabilidade de explanar sobre o Capitulo 3, Desenvolvimento, Ambiente e Engenharia Ambiental, um texto de Sueli do Carmo Bettine. Em resumo, a autora aborda que a parceria e o coletivismo são chave para o desenvolvimento de comunidades sustentáveis e, evidencia a existência de uma tensão na relação entre a economia que destaca a competição a expansão e a dominação, e entre a ecologia que ressalta a cooperação a conservação e a parceria. Essa relação é descrita pela autora, como um Desafio da Sustentabilidade Ecológica.
Seguindo com a abordagem do capítulo 3, relatamos que no Brasil, a partir da década de 70, começou uma intensificação quanto aos problemas ambientais, em 1980 o Brasil passa por um momento de redemocratização que foi a transição da ditadura militar para a nova república. No âmbito internacional, a ONU retomou o debate das questões ambientais, ganhando mais força a partir de 1983 com a Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), presidida pela médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega. A Comissão Brundtland, em 1987 publicou relatório de Brundtland intitulado Nosso Futuro Comum, que estabelece o conceito de desenvolvimento sustentável como meta para todos os países, se tornando um documento inovador que deu suporte para nortear e abrir o tema em questão. Neste relatório o desenvolvimento sustentável é estabelecido como:
O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
— do Relatório Brundtland, NossoFuturo Comum

No Capitulo 3, também foi visto que, a partir de então foi se iniciou, na conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, onde mais de 170 países se reuniram no Rio de Janeiro em 1992, para discutir problemas ambientais. A Cúpula da Terra, como ficou conhecida, adotou a Agenda 21, um plano de ação formulado para a proteção da Terra e seu desenvolvimento sustentável, para ser implementado em todas as escalas de governo e em todas as áreas que a ação humana tenha impacto no meio ambiente. 
A autora Sueli do Carmo, mostra que um dos principais diferenciais da Agenda 21 é a “ênfase na Ação local e Administração descentralizada”, no entanto, apresenta uma fragilidade que é a Participação da sociedade nas decisões. Pois, Sueli considera que, apesar de já ter se passado 25 anos da formulação da Agenda 21, esse é um tema que ainda é pouco difundido para todas as camadas da sociedade, ficando restrito aos meios acadêmicos e de esfera política.
Neste Capítulo,  discutimos também sobre alguns âmbitos que interferem no meio ambiente e que são importantes para a formação do Engenheiro Ambiental como um profissional cidadão, com foco na relação entre a sociedade e o meio ambiente. Vimos que os engenheiros ambientais tem o desafio de considerar as pressões antrópicas de expansão populacional, intensa urbanização e demanda crescente por alimentos e recursos naturais, além dos desafios da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade na gestão do conhecimento da educação ambiental.
Por meio desta leitura, nós observamos que existe uma necessidade maior da integração entre diversos campos do conhecimento para abordar o futuro do meio ambiente e, portanto, a visão interdisciplinar se transdisciplinar torna imprescindível. Onde, nós como engenheiros ambientais, teremos um papel importante de ação e para tanto, precisamos ter uma visão multidisciplinar destes assuntos, a fim de compatibilizar os saberes tecnocientíficos adquiridos, com uma atuação adequada nos campos socioambientais.


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